«Um retiro de silêncio...para uns seria uma perda de tempo,
para outros um desafio acima das suas capacidades. Para nós foi simplesmente
mais um "sim" a Deus, que nos chama sem cessar. Ao longo destes dois
dias vivemos tantas coisas que muitos julgariam impossível viver sem falar. Mas
a questão é que estar em silêncio é muito mais do que estar calado. Aliás, não
verbalizar qualquer sentimento é o mais fácil. Estar em silêncio é procurar,
continuamente, Aquele que nos busca desde sempre; é estar atento e escutar a
Sua Palavra; é aceitar e agradecer o Caminho que temos de percorrer, sabendo
que teremos, certamente, uma cruz a carregar, mas com a certeza ainda maior de
que nunca estaremos sozinhos. É, acima de tudo, estar disponível para acolher
quem nos pede que permaneçamos junto d'Ele. Foi isto que vivemos durante dois
dias; é esta a missão que levamos para que o verdadeiro retiro comece! Agora
que voltamos ao nosso quotidiano seremos nós a escolher se aceitamos ou negamos
Aquele que Se entregou por nós. É a nossa vez de entregar as nossas vidas para
que outros possam viver.»
Joana Proença
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