Numa esquina de Paris, uma mulher magra, imagem da tristeza, pedia esmola, sempre no mesmo lugar, como se fizesse parte da paisagem. Seu rosto era à prova de emoções. Fazia apenas um pequeno sinal aos que a ajudavam e não mostrava nenhum ressentimento pelos que passavam sem dar pela sua presença.
Certo dia, alguém lhe colocou na mão uma linda rosa. Era uma flor esplêndida. Os últimos raios de sol beijavam aquela flor. Tomou a mão que lhe deu a rosa, beijou-a e foi-se embora, apertando a flor contra o peito. Durante uma semana não foi vista.
Oito dias depois, tornou a aparecer no local de sempre - novamente imóvel e de olhos cabisbaixos.
"De que tem vivido?" - quis saber uma jovem.
A mulher respondeu: "Da rosa".
(Adaptado de Vian, I. e Colombo, A. "Histórias de vida", Paulinas, 2010)
A ternura posta nesta oferta deu alento à mulher que lhe encheu a vida de "alimento", ao ponto de só uma semana depois, precisar de voltar a pedir...
Enchamos de amor as coisas simples do nosso dia a dia.
Já Luiza Andaluz dizia que não são precisas grandes ações para agradar Deus: o importante é o amor que pomos no que fazemos.
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